sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Site do Vasco entrevista o ala Seco


Foto: Seco em ação pela seleção italiana

Ainda recuperando-se de lesão em Balneário Camboriú, o ala Seco Zanetti concedeu uma entrevista ao site www.semprevasco.com. Na oportunidade, o ex-jogador da seleção italiana relembrou momentos de sua vitoriosa passagem pelo Vasco naquele super-time de 2000 que além dele, tinha jogaores como Manoel Tobias, Schumacher e Índio. Acompanhe a seguir a íntegra da matéria:

SempreVasco - Como surgiu o convite para você integrar a equipe do Vasco em 1999?



Seco - Eu estava na Espanha e o Marco Bruno me ligou. Eu tinha ganhado a Liga de 1998 com a Ulbra e ele me conhecia. Ele logo me comentou sobre o projeto de 2000. Nem pensei direito e fechamos o contrato.



__________

SempreVasco - Como jogava o Seco dentro daquela equipe e qual a sua importância dentro do grupo?



Seco - Eu era respeitado dentro do grupo pela minha qualidade técnica e eu também era um cara de grupo e, às vezes, mesmo não jogando, apoiava os demais. Eu tinha um temperamento forte. Acho que todos ali tinham um grande nível e sempre tive a amizade de todos. Tenho certeza de ter dado o máximo sempre. O que eu levo e o que aprendi naquele tempo são coisas pra levar sempre, para a vida toda.


__________

SempreVasco - Como era a estrutura disponibilizada pelo Vasco para receber e acolher seus craques?



Seco - Era profissional. O Marco Bruno era um cara inteligente. Junto com o Kleber Rangel deixavam a gente à vontade para jogar. O Kleber hoje é um fera, um dos melhores que tem no Brasil.

__________

SempreVasco - Dirigentes como o Eurico e o então presidente Calçada sempre apareciam para apoiar vocês?



Seco - O Eurico, às vezes, aparecia. Quase sempre para cobrar. Lembro que ele ia nos jogos importantes. Ele gostava do futsal. Acho que ele teve iniciativa e coragem em fazer aquele mega-projeto.


__________

SempreVasco - É exagero dizer que aquele time de 2000 era o melhor do mundo na época?



Seco - Com certeza era o melhor do mundo naquela época! E ainda hoje não vi um time daquele nível.

__________

SempreVasco - Como era o ambiente daquele timaço fora das quadras?



Seco - Era um ambiente de respeito, todos ali sabiam que qualquer um podia jogar. Era um elenco formado só por jogares vencedores e com fome de ganhar. Tudo era competitivo. E claro, tinha alguns problemas, mas lembro que era positivo e tinha mestres no comando. Ricardo Lucena era um deles.


__________

SempreVasco - Como era a relação dos jogadores com o Ricardo Lucena? Foi o melhor treinador que você já teve?



Seco - Ricardo era mestre. Sabia tudo. Já trabalhei com grandes treinadores aqui na Itália e na Espanha, mas nunca vi ninguém fazer a leitura do jogo como ele. E vou seguir exemplos dele, agora na carreira de treinador.

__________

SempreVasco - O Manoel Tobias era o capitão da equipe. Como era a liderança dele dentro do grupo?



Seco - O Manoel tinha um comando natural, junto com o Schumacher e o Índio. Ele era incrível, fazia a diferença. E que frieza! No começo, cheguei a pensar que ele tinha alguma deficiência, mas vimos que ele era completo e competitivo. Ele contagiava a gente. Era humilde e respeitoso com os demais, mas não admitia perder. É um exemplo pra mim também.


__________


SempreVasco - Apesar de ter uma melhor equipe, o Vasco perdeu o Sul-Americano para o Internacional, dentro de São Januário. Em sua opinião qual a razão de termos perdido aquela final?



Seco - Jogamos contra o Inter na fase classificatória desse Sul-Americano. Nós já estávamos classificados e só atuaram os jogadores que não estavam atuando muito. Ganhamos por 5x3. E depois, com o time completo, perdemos a final de forma inexplicável. Depois na Liga, demos duas goleadas no Inter. Vencemos por 9x3 no Rio e 9x2 lá em Porto Alegre. Não estávamos em um dia feliz e acho também que entramos pensando que o título já estava ganho.

__________

SempreVasco - Do dia 11/07 até pelo menos o dia 10/12 o Vasco não perdeu. Ficamos 45 jogos invictos, recorde até hoje em terras brasileiras...



Seco - Essa estatística eu não tinha certeza porque os últimos 8 anos estive fora do Brasil e não acompanhei as outras Ligas, mas sabendo disso dá mais orgulho ainda de ter vestido a camisa vascaína.


__________


SempreVasco - Quais são suas maiores lembranças contra o Flamengo?



Seco - Lembro que estreei pelo Vasco, contra o Flamengo. Ganhamos por 3x1 e eu fiz 2 gols. Essa é a melhor lembrança, foi o jogo mais emocionante da minha carreira. Mas lembro também que perdemos para eles na estréia da Liga Futsal 2000 dentro do Maracanãzinho. Aquela foi a derrota que nos motivou a fazer aquela campanha maravilhosa. Era um jogo único contra o Flamengo, concentrávamos 3 dias antes. Que rivalidade!

__________

SempreVasco - Diga-nos o que representou a sua passagem pelo Vasco na sua carreira.



Seco - Representou que joguei em um time maravilhoso que hoje gosto e torço muito. Tenho gravado em arquivos coisas daquele tempo. Representou jogar com os melhores do mundo. Manoel Tobias, o melhor de todos os tempos. E todos aqueles craques. Aprendi muito dentro do Vasco, vou levar pra sempre. Sem contar os titulos que estão e vão ficar na história do Vasco.

__________

SempreVasco - Qual é a diferença entre jogar por um clube de massa e um clube de cidade?



Seco - Jogar por um clube de massa é diferente. Lembro de quando fomos ver o Vasco no Maracanã e a torcida tinha um carinho imenso com a gente. E também aquele time ganhava tudo. Com orgulho, digo que faço parte da história do Vasco. Na Espanha também joguei em equipes de torcidas grandes, mas eram sempre equipes de cidade também. Em time de camisa mesmo, exclusivamente, só joguei no Vasco.

__________


SempreVasco - Quais são os projetos do Seco atualmente e para o futuro?



Seco - Desde o Mundial do Rio de Janeiro (2008) eu estou parado. Lesionei-me, mas joguei 2 mundiais pela Itália (China e Rio). Agora me habilitei e estou me preparando pra ser treinador

__________

SempreVasco - Você é contra ou a favor do futsal fazer parte do cronograma olímpico?



Seco - Sou a favor. E o que se torna ainda mais preocupante é a falta de manifestação para o futsal se tornar um esporte olímpico. Certamente iria ajudar a desenvolver ainda mais o esporte no Brasil e no mundo.

__________

SempreVasco - Deixe um recado final para os leitores que acompanham o SempreVasco.com



Seco - Estou conhecendo o site e vou, com frequência, tornar-me um amigo de vocês aí. Uma coisa que me marca e sempre levei na minha trajetória é acreditar em mim mesmo. Isso faz a diferença! A mensagem que posso deixar é positiva. Vascão na Série A do futebol brasileiro em 2010! Tenho muito carinho pelo Vasco e estou muito feliz pelo acesso. Parabéns ao Vasco, parabéns a todos os vascaínos!


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ACBF conquista a Liga 2009

A ACBF é tetracampeã da Liga Futsal. O título foi conquistado na noite desta segunda na Arena Jaraguá, casa da Malwee, em Jaraguá do Sul. Com o ginásio lotado com 9 mil pessoas empurrando a equipe catarinense, a decisão se arrastou até a prorrogação. No tempo normal, vitória da Malwee por 4 a 3. E no tempo extra, 2 a 0. Os gols de Sinoê e de Lavoisier que valeram o quarto título do time da serra gaúcha – que já conquistou a Liga em 2001, 2004 e 2006. A partida foi pegada, lá e cá, digna de uma final de campeonato. O Malwee saiu na frente no marcador, com pênalti convertido por Lenísio. A ACBF deixou tudo igual em seguida com Jé, faltando 10 minutos para terminar o primeiro tempo, pegando rebote no chute de Rodrigo. Depois foi Lenísio deixar para Leco dominar e recolocar a Malwee na frente do placar novamente. A equipe de Jaraguá ampliou com Cabreúva em jogada de Xoxo. Mas um lance gerou reclamações por parte da Malwee. Foi justamente o segundo gol da ACBF. Sinoê bateu forte de frente para o gol. A bola ainda desviou no adversário e entrou no gol. No entanto, o cronômetro já estaria zerado. Mas o replay da TV mostrou que ainda restavam dois décimos para o fim e que o gol foi legal. Depois de um segundo tempo de pleno equilíbrio e muita luta, a ACBF viu o título de perto quando faltavam 4 minutos e 28 segundos. Jé recolheu a bola e de frente pro crime encheu o pé para decretar o 3 a 3. O placar serviria para ACBF, que faturou o primeiro jogo por 4 a 2 em Carlos Barbosa – na final da Liga não há saldo de gols como critério de desempate. Tudo se encaminhava para o fim e a conquista do tetra, mas Lenísio, em uma pintura de gol, colocou a equipe catarinense à frente do placar restando apenas 43 segundos levando a decisão para a prorrogação. Depois da primeira etapa do tempo extra sem gols, mas com uma bola na trave disparada por Lenísio, a definição veio nos 5 minutos finais. Rodrigo arrancou pela esquerda e inverteu a jogada. Dentro da área, Sinoê esperou que o goleiro Thiago caísse para bater para as redes restando 1min45s para o relógio zerar. Um lance de preciosismo, mas efetivo. O gol valeu o tetracampeonato da Liga Futsal para a equipe de Carlos Barbosa, que ainda teve uma bola na trave restando 37 segundos, num chute de Xoxo. Mas para encerrar a fatura, faltando 10 segundos, a experiência de Lavoisier fez gol de goleiro, batendo com o gol adversário escancarado: 2 a 0 na prorrogação.

Fonte: Clic RBS

Foto: Lavoisier fez o gol do título da ACBF